domingo, 8 de agosto de 2010

Travessuras: Respeito x Medo

A questão do respeito no BDSM é algo mto interessante, sobretudo quando confrontamos a questão do respeito com o medo... eu levei um certo tempo prá conseguir entender a diferença entre esses dois sentimentos, q hoje se parecem mto distintos prá mim...


Como já contei, meu início foi com outro Dono numa relação apenas virtual, porém que utilizava práticas extremamente dolorosas... inclusive psicologicamente. Naquele tempo eu não entendia ainda essa diferença, e depois q a relação com ele acabou ele mesmo me afirmou q me dominava pelo medo... e realmente eu sentia mto medo... medo das palavras cortantes q ele usava comigo, desfazendo de mim como pessoa, como sub e até como mulher qdo eu errava... o medo da indiferença q as vezes ele usava como castigo, e o medo das dores sempre fortes e quase insuportáveis que suas punições provocavam em qualquer mínimo erro q eu cometesse...

Qdo DK me recebeu já cheguei com medo... tinha sim mto medo dele... lembro do tremor na primeira sessão qdo ele olhava fixo prá mim “com cara de mal” (rsrs) e me dava as ordens com firmeza de quem tem total controle de tudo... lembro das mãos suando frio qdo eu o olhava nos olhos, era como se meu corpo todo conseguisse suar num segundo, lembro da sensação de desmaio, como se meu sangue estivesse sumindo, cada vez q eu desconfiava q tinha dado uma mancada, e tinha mesmo, kkkkkk....

Com o passar das sessões eu fui experimentando outros medos... tinha mto medo de apanhar... nossa, cada vez q ele pegava algo diferente prá me bater, eu entrava em pânico, mas Tb tinha medo dele ficar mais bravo ainda, então por mais apavorada q eu estivesse ficava quietinha e imóvel... porém, algo foi mudando dentro de mim...

Depois das sessões eu sempre refletia sobre a sensação de servi-lo e percebia q todo prazer q eu sentia vinha do jeito dele mesmo me tratar... sem saber despertava fantasias q eu escondia desde criança, mas ao mesmo tempo, com cuidado, ele batia no limite do meu momento... me fazia sentir dores q estavam dentro das minhas próprias expectativas e q por isso não me assustavam tanto... e acima de tudo, o mais importante prá mim... me tratava com carinho... cuidava dos meus sentimentos... nunca me xingava... nunca me diminuía, ao contrário, mesmo durante os castigos repetia q eu era uma boa sub, que apenas precisava aprender um pouco mais...

Fui percebendo q minha vontade de agradá-lo foi mudando de sentido, ele tinha autoridade sobre mim, mas não por que eu tinha medo, mas pq eu reconhecia nele o Dono q eu precisava ter... a autoridade q ele tinha e tem sobre mim era resultado do próprio respeito q ele tinha por si mesmo e por mim, demonstrando a todo tempo seu caráter, sua índole e sua segurança ao me dominar... não me dominava só pq tinha um fetiche sexual... me dominava e me domina pq tem autoridade e a partir do momento q entendi isso todo o medo sumiu... afinal eu sabia q ele “cuida do q o pertence” (ele vive repetindo isso, rsrs, adoooooro ouvir) sempre me usaria de uma forma que fosse prazerosa e ainda q tivesse que me punir, seria justo e saberia dosar o castigo conforme minha condição de recebê-lo.

Desde então o respeito pelo dono é tão grande qto meu amor por ele... as vezes eu e Nice brigávamos, eu falava, esbravejava, respondia... era só o Dono chegar não precisava nem falar nada, nem brigar, as vezes nem ficava sabendo... só a presença dele já servia prá me fazer mudar de idéia e parar com minhas teimosias e pirraças... suas ordens, mtas vezes recebidas em meio a lágrimas, pq as vezes eram coisas q me pareciam impossíveis de fazer, mesmo assim seriam cumpridas... as vezes eu planejava, q pelo menos de brincadeira iria respondê-lo, ou discordar de qualquer coisa, prá provocá-lo... mas na hora q ele estava ali perto de mim, não tinha jeito... era como se eu funcionasse por controle remoto, não conseguia fazer nada q pudesse contrariá-lo...

Esse sentimento de respeito é mto gostoso... toda vez q ele chega meu comportamento se torna espontâneo: ajoelho, beijo os sapatos, tiro os sapatos, beijo vagarosamente os pés, tiro sua roupa e faço sexo oral, sorrindo e conversando como se estivesse fazendo a coisa mais natural do mundo... da mesma forma q é uma sensação gostosa, me ajoelhar no Box durante o banho prá lavar os seus pés fazendo questão q ele os apóie em minhas coxas, é um sentimento de adoração, q inclusive durante algum tempo me fazia me sentir culpada de estar cometendo idolatria, mas isso já está mto bem resolvido dentro de mim...

Porém com o passar do tempo, a intimidade foi aumentando, e acabei falando sobre as travessuras q eu tinha vontade de fazer, ele, claro, gostou da idéia, me disse: “pode fazer, o máximo q pode acontecer é você apanhar”... bom isso eu até gosto, mas minha preocupação é q ele achasse q eu estava perdendo o respeito ou querendo desafiá-lo de alguma forma, o q ele sempre comenta q é uma “brincadeira perigosa”, mas então ficamos combinados q se caso eu viesse a dizer um não, ou a dar qualquer resposta atravessada durante a sessão ele saberia q era só brincadeira, e vontade de apanhar, rsrs... nada mais q isso....

Bom, nas primeiras vezes eu ainda engasgava na hora de falar não... fui educada consciente de q falar não pro DK é sempre um risco enorme de dizer vários sim prá coisas q eu não quero... mas dessa vez eu podia, então comecei a empacar em coisas simples q ele me mandava fazer, mesmo sem coragem de falar não, eu não saia do lugar, e ria com a cara mais porca do mundo, ele já percebia q era brincadeira de uma cadelinha travessa cheia de vontade de apanhar, e claro q não me deixando na vontade, batia com todo gosto, me dando palmadas fortes dakelas de levantar o vergão na hora...

Depois passei a acenar negativamente com a cabeça... até aprender a falar “não vou”, “quero não”, claro q sabendo o momento q posso brincar e o momento q tenho q obedecer... ele varia com criatividade, rsrs, bate com o q estiver ao alcance, kkk... as vezes empaco no dogplay só prá levar umas lambadas, mas me esqueço de observar o q está mais a mão, kkkk... da ultima vez foi a cane azul, eu empaquei enquanto ele puxava a minha guia... ele gargalhava, me batendo com a cane azul, acho q andei de quatro tão rápido q parecia até uma cadelinha de verdade, kkk...

As vezes falo não na hora do sexo oral, rsrs, aprendi até a dar uns beliscõezinhos prá chamar a atenção pq chupo enquanto ele trabalha, rsrs, aí qdo ele me olha rindo, eu respondo com o olhar mais pidão do mundo, e na hora ele já entende q estou querendo uns tapas, rsrs, e me retribui com bofetadas bem mais fortes do q costumava dar...

É uma sensação de cumplicidade gostosa, pq ele sabe q minha admiração e meu respeito por ele continuam intactos, mas é gostoso provocá-lo no meio da rua, e ganhar uma palmada em público, ou uma bofetada na porta do hotel, assim como Tb é gostoso acabar de dar uma resposta mal criada, e sentir as bofetadas fortes vindo sem dó, ao mesmo tempo em q ele cospe no meu rosto e na minha boca, sorrindo com um charme q só ele tem...

É uma intimidade, uma sintonia, q mesmo batendo, brigando nosso olhar não se desgruda, os olhos dele brilham como se pudesse soltar faíscas de prazer por poder estar ali e me surrar dakela forma...

Porém, aproveito o fim desta postagem prá confessar que em uma dessas brincadeirinhas me dei bem mal... acabei passando um pouquinho do limite, por sorte o dono percebeu q minha intenção era brincar, e q acabei não medindo o tamanho da malcriação... nessa hora eu realmente fiquei apavorada não por “medo” de apanhar ou de qualquer outro castigo q ele pudesse me dar... mas pelo medo de q ele ficasse decepcionado comigo e perdesse a confiança q tem em mim... não vou contar aki o q eu fiz, assumir prá ele já foi doloroso, e eu realmente me envergonho... e essa “brincadeira perigosa” não me rendeu uma surra, nem sequer uma palmada...

Resultou em uma conversa séria e franca onde ele me corrigiu e me disse coisas q doeram mto mais do q todas as pancadas q eu tinha levado durante a semana inteira... isso é uma forma de exemplificar a diferença entre medo e respeito... eu sabia q ele não ia me castigar, mas o fato de ter errado com ele, já me causa uma dor moral capaz de me fazer me arrepender e voltar atrás em qualquer erro... esse respeito é uma junção da autoridade q ele tem sobre mim com a admiração e o amor q eu sinto por ele, q o tornam diante de mim alguém a quem desejo ouvir e obedecer, não pq pode me bater, me castigar ou me obrigar a fazer o q não quero... mas pq sei q ele é digno deste respeito e eu o amo...

Sua cadelinha dá mtas mancadas Senhor é verdade... essa semana mesmo, escapei de dois castigos por pura sorte... o q certamente não vai se repetir na semana q vem... porém... mesmo travessa, malcriada, as vezes até desobediente, o Senhor sabe que já adestrou meu corpo, minha mente e meu coração... e q mesmo q aconteçam algumas pirraças, algumas crises ou paranóias, depois de uma madrugada eu volto a pensar e a fazer sua vontade ainda q me sejam pesadas e dolorosas... respeito, obediência e amor q o Senhor conquistou em mim e q dedico ao Senhor livremente sem restrições, sem exceções e sem reservas...

Linddoooooooooo, te amo viu... sua cadelinha adestrada... {eliz}_DK

4 comentários:

  1. Docinho, tudo que esta vivendo vc conquitou com sua dedicação e sua entrega, então tem que aproveitar sem medo,linda postagem, rss bjs

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  2. lindinha,

    que maravilha ler essas palavras.

    COngratulações ao seu senhor, por ter uma femea entrega ao desejo Dele. Que Ele valorize sempre essa tua entrega. Parabens a ambos
    bjos

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  3. {eliz}_DK fiquei emocionada com suas palavras porque me identifiquei com seus medos, o meu primeiro Dono tbm virtual, me fazia sentir muito medo e hoje ainda temo ficar frente a frente com qualquer Dom.Espero que isso passe.
    Mas vc conseguiu superar e te parabenizo a vc e ao seu Dono, que sabe muito bem equilibrar a situação.

    Beijinhos, stacey..

    Adoro o seu blog.

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  4. adorei suas fotos e seu blog inteiro. vou seguir.

    bjosss...

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