domingo, 19 de julho de 2009

4ª sessão – sonhos impossíveis se realizam



Desde o dia do meu encoleiramento eu não me sentia tão feliz como nesse dia, na verdade, ainda não consegui comparar a felicidade q eu senti nesse dia com nenhuma outra, nem com o dia da minha formatura, talvez com o nascimento dos meus sobrinhos q são como filhos pra mim... mas essa felicidade q eu senti foi diferente, pq eu já esperava o nascimento deles, fiquei nove meses na expectativa, e o fato q aconteceu nesse dia não, não esperava, nunca imaginei q ia acontecer... chorei de felicideade, e neste momento enquanto digito, choro novamente, na verdade sempre q eu lembro eu choro... o choro vem incontrolável e inexplicável.

Bem, vamos começar do começo, hj DK queria uma sessão com suas 3 escravas, então levamos o not para a sessão, ligamos nossa cam e a kika ligou a dela, e tudo q ele fissesse conosco, kika tb faria do outro lado pra ele assistir, torturou nossos seios,  várias vezes com vários prendedores diferentes, adoro tortura nos seios, e enquanto sentíamos dor ele tocou nosso ponto G, até gozarmos várias vezes, em seguida eu e nice fizemos sexo oral nele, alternando com beijos e outros carinhos até q ele gozou e nós dividimos, mostrando o gozo em nossa boca para a kika pela cam, até aí tudo normal...


Porém, para entender o fato e a emoção q se seguiu, temos q explicar que bem antes, desde q conheci DK nós temos uma tradição, toda vez q uma de nós duas diz q o ama, ele responde: “eu sei”, é uma forma dele dizer q não precisamos nem falar pq ele percebe por nossas atitudes, obediência e entrega o qto o amamos...

Porém, existe uma questão, ainda mto obscura dentro do bdsm e q precisa mto ser discutida por todos nós, as subs por sua entrega e sacrifício sempre provam o seu amor incondicional pelo dono, por outro lado, os dominadores, por sua autoridade, auto-controle e sadismo, geralmente são visto como indivíduos desprovidos de alguns sentimentos, e o amor seria um deles... digo q isso é discutível, pq é a imagem q nós temos na prática,e por isso nós subs nos sentimos sempre como objetos, propriedade....

DK sempre soube dessa minha visão das coisas, e em algumas vezes até brigou comigo, pq eu disse q era um objeto descartável, ele me perguntou se eu nunca tinha olhado nos olhos dele enquanto me usava, e q se fizesse isso saberia o q ele sente... sim eu já tinha olhado nos olhos, mas não queria me iludir, nem me enganar, portanto continuava me sentindo um objetivo descartável q estava aos pés dele para servi-lo, mas q se não agisse adequadamente poderia ser prontamente substituída por outra...

Apesar de ter sido perdoada tantas vezes por tantos erros diferentes, eu continuava pensando assim... nice sempre tentou me convencer do contrário, mas eu não acreditava... qdo eu dizia q o amava, já esperava a resposta “eu sei” e isso já era o suficiente pra mim...

Até q nesse dia, da 4ª sessão de julho, terminado o sexo oral, eu o abracei, olhei nos olhos dele e disse eu te amo Senhor: dessa vez ele me respondeu: “que bom” (achei estranho ele ter mudado a resposta padrão, mas tudo bem) então ele chamou nice, q estava distraída com a kika no msn, e disse: “olha pra mim, as duas, EU AMO VOCÊS DUAS, será q nunca perceberam isso, será q eu preciso falar....

Olhei pra nice espantada, sorrimos com os olhos, mas em seguida me debrucei no peito dele e chorei, como não chorava a tempos, e ouvi o a nice fazendo o mesmo... os soluços vinham incontroláveis, e mil coisas se passaram pela minha cabeça, ele nos abraçava forte, nos chamando querendo conversar, estranhando nossa reação como se tivesse dito algo q obrigatoriamente já deveríamos saber, me levantei ainda chorando e olhei pra ele, e mesmo q eu sempre tenha tanta coisa pra falar, nakele momento estava sem palavras, ele tinha os olhos umidecidos, e eu segurava forte na mão da nice como se quisesse ter certeza de q não era um sonho, e ao mesmo tempo me perguntava se tinha ouvido direito, na verdade me pergunto isso até agora...
Terminanos a sessão, meio q em transe, e meus olhos voltaram a lacrimejar por várias vezes, eu estava “passada”, em choque mesmo, tinha um silêncio no ar.

eu me sentia confusa, afinal depois de um ano de submissão, e de seis meses com DK, me parecia q eu estava começando tudo nakele momento... fiquei meio q sem saber agir, como se eu tivesse q mudar alguma coisa no meu comportamento... porém, agora eu sei q nada do q eu sou vai mudar...

continuo tendo q ser akilo q ele deseja em cada momento: submissa, escrava, puta, cadelinha, mulher... e não vou confundir as coisas achando q por causa do q ele disse algo vai mudar, a única coisa q muda, é q agora consigo vê-lo ainda mais humano q antes, o q não quer dizer q perderá sua autoridade sobre mim, pelo contrário, agora, mas q nunca sei q ele manda em mim, q determina como devo ser e me comportar, q dita as minhas atitudes, castiga as minhas faltas, me domina, cuida e instrui, me tortura e me dá prazer... porém, acima da utilização da força, do sadismo e da autoridade, o q guia a nossa entrega foi sempre o amor temos por ele, e q agora surpreendentemente descobri q ele também tem por nós.

Termino esta postagem com fragmentos do email enviado a meu dono na manhã do dia seguinte:

“eu sempre disse q o Senhor realiza os meus sonhos, sempre comentei q me faz muuuuuuito feliz... porém, dessa vez, o Senhor foi longe demais, o q aconteceu ontem é algo q eu nunca ousei nem sonhar... na verdade se sua palavra não fosse lei prá mim, eu até duvidaria...mas tudo q diz fica marcado no meu coração, e dessa vez conseguiu ir onde eu jamais esperava, não, eu não imaginava, e tentava manter minha percepção longe para evitar ilusões...
mas agora tudo é diferente, vejo tudo com outros olhos...

alcançar seu coração parecia tão impossível prá mim... q eu vivia tentando proteger o meu...não parece, mas eu tentei mto não amá-lo, tentei não me entregar emocionalmentetentei manter uma distância segura... q com o tempo foi sumindo até fazer minha entrega ser realmente total e completa...
meus sentimentos estão todos fora do lugar, se redefinindo como um terremoto dentro de mim, mudando inclusive a minha forma de ver a mim mesma... ainda tento não me deixar levar ela empolgação, na verdade me pergunto se eu realmente ouvi direito, rsrsr, mas a questão é q eu finalmente deixei de me ver como um objeto seu, deixei de ser mais uma... sei q não gostava q eu pensasse assim, mas acho q é uma questão de instinto, eu não queria me iludir, nem apostava em nada, mas eu me senti diferente diante do Senhor, porém, não sei explicar pq. só sei q foi um divisor de águas dentro de mim... falei tuuudo isso, para dizer q eu não vou confundir os papeis, nem esquecer o meu lugar, e q eu vou continuar a servi-lo incondicionalmente... percebe q eu não repeti, nem citei nehuma vez o q o Senhor disse? é como se fosse uma descoberta tão grande e tão incrível,
que a gente fica contemplando, sem falar nada... sempre soube q me enxergava como pessoa, como uma mulher como todas as outras, com suas qualidades e defeitos... mas é como se, eu mesma não me visse assim, eu me via como objeto, uma escrava simplesmente, sem nenhum atrativo... sem nada de especial... como estou em choque, rsrsrs, nem escrever estou conseguindo, tanto q não sei terminar este email... é a primeira vez q eu fico assim, perplexa, sem palavras... só agradeço a vida, a sorte, ao destino a oportunidade de ficar mais uma semana aki, e aproveitar o gosto novo de tudo q eu já vivi com o Senhor... tudo está diferente, inclusive eu... espero conseguir arrumar as coisas aki dentro, prá saborear a liberdade q estou vivendo...
não adianta tentar, por mais q eu diga o qto estou feliz, é inexplicável, mas como tudo q é inexplicável em mim, sei q mais uma vez o Senhor entende... EU TE AMO, muito além da minha servidão, da minha obediência, e da minha entrega... beijos em teus pés, {eliz}_DK”

Nenhum comentário:

Postar um comentário